Abá tá indé? Tenho sangue de índio nas veias
Com orgulho posso afirmar
A avenida hoje vai balançar
É um momento de reflexão
Não dá pra imaginar
Que um novo dilúvio, ainda pode chegar
Se o auê acontecer e o fogo descer do céu
Meu espelho é irin majé, pajé do mel
Quero um filho karaíba igual, maíramuana
Fazer brilhar uma nova estrela
Na majestade do samba que a gente ama
Na beleza desse azul me acalmei (ôô)
Explorando suas matas
Teus riáchos e cascatas me apaixonei
Braços abertos a cidade continua
Maravilhosa, até quando não sei
No meu okara, a Baía da Guanabara
Foi tomada por arranha céus
Causando indignação, com as mãos da ambição
Na febre do vil papel
Pro karioka nascer, as mães diziam assim
Chememburia rakuritim, chememburia rakuritim (trago)
Trago a bebida dos deuses e vamos comemorar
Um vinho bom amor, jamais pode faltar
Kauí na cúia do tupinambá
A’e, a’e, o homem branco semeou
A’e, a’e, fêz brotar a nossa dor
Convido eíraia, maracanã, peixe pirá, chegou guirá guaçú
Eu sou a tribo águia altaneira
Que vem de Oswaldo Cruz e Madureira
Lutarei por tí, Portela
Vamos proteger, meu guajupiá
Tem ritual na aldeia a tabajara rufa o tambores
Ao Deus tupi monã, nosso protetor (ôôô)