Esse é um dia que eu já pulei
Tô vendo a lua
Mas ninguém exige o mesmo dela
Fiz outro balão deixei a casa leve
Soltei as rugas da mão
Aranha saiu da teia
Vai passar um tempo sem tela
Se incitar trincas no vidro do real
Sem querer
Vampirinho das ondas pineais
Coçando a caveira na sala de espera
Não tema um animal
Você ou eu
Memória sílica do triangulo
Em transe com vagalumes
E seus olhos bem maiores do que quase tudo
Viver sombras contra janelas