Hoje somos escravos
De um mundo imundo de podres e vícios
Acorrentados a falsos pudores
Que nos atiram mais na escuridão
Isso um motivo da nossa própria sujeira
O revertério das estruturas e suas grandezas
Mas quanto vale tudo isso?
Carros importados e vinhos
A fome é só pra quem nasceu sem encanto
Não vejo fundos pra esse abismo de hipocrisia que atola os nossos pés
Pode aplicar a coisa toda pela veia
Pode acreditar em quem no fundo te sacaneia
Pode usar colírio pra não dar bandeira
Nós que somos sementes às portas de um novo mundo
Ilusão inocente de um sonho real e absurdo
Que tudo não passe de uma grande mentira
Pra quem então o céu azul?
Composição: Leo Barreto