Ai, eu quisera ser o pranto cristalino
Que hoje nos seus olhos vi nascer
Rolar pelo teu rosto em desatino
E aos poucos de mansinho
Nos teus lábios vir morrer
Ai, eu quisera ser uma dor, uma saudade
Pra viver no teu peito, meu amor
E dar-te por castigo por maldade
Uma paixão por mim com todo ardor
Ai, eu quisera ser o batom gostoso que tu usas
E que vive te beijando, meu amor
Ai, eu quisera ser a prece que tu rezas
E de joelhos pedir a Deus em meu favor