Chico Dum-Dum,
Era um crioulo arruaceiro,
Um crioulo folgado,
Que não respeitava um companheiro,
E no Morro do Socorro,
Tinha o seu mundo de zinco,
Não tinha um amigo,
E o seu grande amor,
Era uma quatro cinco.
De madrugada,
Depois da batucada,
Chico Dum-Dum,
Contava lorota,
Pra patota,
Sentado ele dizia,
Alegremente,
Enquanto limpava o cinto,
Minha gente,
Ontem apaguei mais cinco,
Mas um dia,
O Chico alegria,
Se arengou com dum dum,
E de madrugada,
Depois da batucada,
No Morro do Socorro,
Faltava um,
Tá provado,
Que é melhor ser pacato,
Ser comum,
Quase todo valente,
Se apaga para sempre,
Como Chico Dum-Dum.