Quanta ironia da sorte
Que te conduz para o norte
E para o sul me conduz
Tu sobes enquanto eu desço
Sorris enquanto eu padeço
Carregando a minha cruz
Tu hoje és mulher de luxo
Tens bangalô com repuxo
Criada, leiteiro e pão
Tens quartos cheios de enfeites
E às vezes eu roubo o leite
Que encontro no teu portão
A sorte, porém um dia
Há de me dar alegria
De nos reunir no Equador
De nos reunir novamente
Naquela sala de frente
Onde floriu o nosso amor
Tu hoje és mulher de luxo
Tens bangalô com repuxo
Criada, leiteiro e pão
Tens quartos cheios de enfeites
E às vezes eu roubo o leite
Que encontro no teu portão