Lampião da Nossa Rua
(Adelino Moreira)
Quem foi, bonequinha querida
Que um dia, enfeitou minha vida
Agora é, coitada,
Uma bruxinha de pano,
De olhos tristes, Lábios frios
Ganhando beijos vadios
Dos lábios da madrugada
Quem encontrar alguém vagando por aí
De olhar capaz de iluminar a escuridão
Faça o favor de lhe dizer que estou aqui
Na mesma rua e junto ao mesmo lampião
Desilusões como tem toda mulher
Foi ter a noite, a madrugada, e a sua lua
Mas vai cansar, e vai voltar, se Deus quiser
Ao nosso amor, ao lampião da nossa rua