Depois do amor
Sempre vem a saudade
Que fere e que fica
Só por maldade
Vem de mansinho
Se aninha no peito
No fundo com jeito
Lá bem no cantinho
Sofremos ausência
E mais a distância
Sofremos de amor
Que é um mal mais atroz
Morremos um pouco
Morremos por dentro
Morremos pro mundo
Morremos pra nós
Viramos chalaça
Mendigo de praça boêmio banal
Vagabundo sem classe
Deixamos que passe
A vida, afinal
Porém se algum dia
Um amigo um dia
Nos mostra a verdade
Voltamos pra vida
Perdemos a vida
Mas não a saudade