É, eu sei que eu teu descaso
faz transparecer meu despreparo
em compreender as farpas em meu corpo.
E, talvez seja tão claro que eu não possa ver,
ou tão sincero que não possa ser tocado,
ou tão impróprio.
As vezes,
eu acabo em acaso em teus olhos
e aguardo o momento a ser lavado
por teu pranto.
Se permites dizer, mesmo amargo,
não consigo ter outro abraço
e satisfazer o peso destes ombros.
E, se por vezes eu me flagro sem certeza,
me odeio mais que tudo e
quero partir minha alma em troca da dor.
No chão áspero
eu deveria não querer despencar mais,
mas eu sinto que posso cair ainda mais.
E me faria tão bem em quebrar meus dentes
se pudesse ficar só.