Agora não há mais tempo.
Vamos acender todos os becos
e acordar todos os bêbados.
Que a cidade tem sujeira nas veias
e quer mais.
Passamos tempo demais
com os pés na lua e as mãos no inferno.
Mas somos vivos...
Mas somos vivos...
Heróis desempregados
tentam pendurar seu tênis nos fios de luz.
Corações viciados queimam.
E as promessas enfim desceram da cruz.
Agora não há mais tempo.
Vamos, que a garganta é seca
e as crianças tem faíscas
gritando nos olhos.
Agora não há mais tempo pra esperar.