Venho do fundo das grotas
Do meu rinc?guarani
Trago em meu sangue tupi
A for?dos ancestrais
- Os que tornaram reais
Nossos sonhos campesinos
Dando contorno aos destinos
E acalentando ideais.
Da pura cepa crioula
Trago o perfil e o entono
"De a cavalo" na verdade
Sou qual um rei em seu trono.
Esta estampa platina
A minha origem n?nega
Retrata antigas refregas
Dos meus ancestrais hispanos
Mas hoje quero, paisanos
Esquecer velhos embates
E sorver dos mesmos mates
Com meus caros "hermanos".
Da pura cepa crioula
Vem a minha identidade
Pois madruguei com o toques
Dos clarins da liberdade.
Quanto a mim sou descendente
Do portugu?a?iano
Que num cen?o orelhano
A sua marca imprimiu:
Braceando nos mesmos rios,
Bebendo das mesmas fontes,
Vou desbravando horizontes
E enfrentando desafios.
Da pura cepa crioula
Conservo fibra e a ess?ia
Sou taura e s?bresteio
Aos ditames da consci?ia.
?dios, lusos, espanh?
Gringos, negros ou mesti?
Que importa a raiz? ?o vi?
Que vai comprovar a "ra?!
Quanto mais o tempo passa
Mais nos fazemos costado
Um ao outro, lado a lado,
Na pampa que nos abra?