Lar doce lar
(Obando)
Galdino
Um cara embriagado eu vejo sair de um bordel,
A estrela derradeira eu vejo brilhar no céu...
Um drogado do outro lado andando meio assustado,
Um senhor de blusa azul num passo meio apressado...
Isso é o que eu enxergo as cinco da madrugada,
Não sei se vejo tudo, a vista tá embaçada...
Culpa da bebida que bebi naquela festa,
A noite é assim, tem o que presta e o que não presta...
Deixa isso pra lá, que isso ai e outro assunto,
tá eu e meus parceiros, mó perrengue e estamos
junto...
Sentado no meio fio aguardando o busão,
Sobra um sorriso quando pinta a condução...
tá tranqüilo...Em direção a Zona Norte,
Vencerei outra batalha quando chegar no meu forte,
Minha casa, meu lar, meu ninho,
Onde vejo realmente que nunca estou sozinho...
REFRÃO
Que horas são agora?
Não tem nada lá fora...
Nem um grilo cantando pra distrair,
E eu não consigo dormir...
Que horas são agora?
Não tem nada lá fora...
Minha família inteira já foi deitar,
Pode crer, lar doce lar...
Kapony
Primeiro de Novembro, quase madrugada,
Terça pra quarta, a rua tá calada...
O céu nublado ofusca o brilho da lua,
O vento sopra gelado e anuncia a chuva...
Que ela venha pra lavar, vem pra renovar,
A paz que eu vou precisar pro dia que chegar...
A noite nos faz sonhar com dias melhores,
Traz a paz que eu necessito nas horas piores...
Tipo agora eu aqui sentado nessa escada,
Confidenciando meus sonhos com a calada...
o que que se passa por ai pela pista?
Muita coisa acontece sem ser vista... ... ...
FIM