Nascente da vida que flui feito itan
Une o ontem e o amanhã, conduz meu destino
Santo menino que velho vai respeitar
Fruto da rainha de Ilexá
Nos búzios foi Ifá quem revelou
Um dia é da caça, outro é do caçador
Paixão que arrebata, seduz o rei da mata
No canjerê de Ipondá
Kerê Edé! Kerê babá Odé!
Sou o ouro de Oxum e o azul de Erinlé!
Kerê Edé! Kerê babá Odé!
Celebrado pelo Orun e no Aiyê
Desaguei Logun Edé!
Ae abaissá! Logun ê, ê, á!
Ae abaissá! Minha coroa é de ijexá!
Tem fartura no oberó, axoxô, omolokum
Sou herdeiro da nação e meu povo dobra o rum
Flecha que rompe mato, guia minha certeza
A neblina, o encantado, equilíbrio e riqueza
Quando Oyá molhou a terra, Ogunhê foi valentia
Me tornei senhor das guerras, não curvei à tirania
Mergulhei contra a maré noutras margens me encontrei
Renasci no orí de rainhas e reis
O tempo de bonança há de vir
O trono de Ilexá está aqui
Loci loci Edé! Ê Kalé Bocum
Ninguém pode com a mira de um filho de Logum
Quando uma cria do Borel desce o morro pra lutar
Tem um pouco de Logum, tem axé de orixá
Aceita meu ojá, aceita meu quelê!
Sou Unidos da Tijuca, de ofá e abebê!
Akofá Olwuaô! Firma ponto no agueré!
Meu pavão é a força de Logunedé!