Ontem vinha de bus
Vinha de banzo circulando
Num ônibus do tipo transversal
Quando olhei pra o lado
Teu poema na janela
Compreendi que era um bom sinal
Lembrei do teu riso
Turbina da Usina
Detonando aquele pôr do sol
Dia vira noite
Tudo cumpre ciclo
Neste sentimento que então
Cega, prega, trata e traga
Golfadas de fumaça
Caça, traça, massa e passa
Alforria e pena
E um poema assim
Do nada, sem pretexto
Se perceberá
Lendo no teu verso
Tua rima para amor
Recordei de quando início terminou
Acreditavas no Bom Fim
Em plena Redenção
Mas toda obra foge do autor
Roguei pra Santo Antônio
Energia do Cristal
E desci no ponto da Santana
Hoje brindo de mãos dadas
Com a musa da canção
Nesse sentimento que me arde
Tanto quanto canto e calo
Barulhos do silêncio
Fama, trama, trilha e brilha
Porto Alegre em Cena
E um poema assim
Do nada sem pretexto
Se perceberá