Sempre no aceno envolvente
De algum repente sem rima
Que brilhe como uma aurora,
Eu vejo uma fuga de esquina,
Que é o contrário do fim
De (quase) toda história.
E imagino um lugar dos diabos!
Onde qualquer caminhar
É como uma volta sem ida,
Ou como um dante a cantar
Um paradoxo de sinas,
Sem feridas causar.
Quem de mim confunde verso e ventre
E verte canto em língua
Devolve a dor e a memória
De um beijo falso carmim
Que se faz verbo enfim,
Sem ser acorde nem prosa.
Sendo assim o aceno é confidente
E num repente termina
Quando começa o agora
De um horizonte sem rima,
Que sem querer desatina
O que é de dentro pra fora.