Saudade, palavra bandida
Que machuca a gente
Faz enlouquecer
Saudade me pegou de jeito
Penetrou meu peito
E não quer saber
Saudade é feito uma navalha
Que corta, estraçalha
O pobre coração
Saudade é coisinha danada
Quando mau curada
Vira solidão
Saudade é canga no pescoço
Saudade é um poço
Que nunca dá pé
Saudade é injeção na nuca
Dói que nem butuca
Quando é de mulher
Saudade a gente não curte
A saudade é chute
Naquele lugar
Saudade pega que nem ratoeira
Saudade dói mais
Que espinho de juá
Saudade é matadeira
É bandida, é ateira
Saudade é uma coceira
Gostosa de coçar
Saudade é tudo isso
É feito carrapicho
E gruda pra danar
Saudade é matadeira
É bandida, é ateira
Saudade é uma coceira
Gostosa de coçar
Saudade é uma doença
O sintoma é a carencia
E o remédio é se amar