Cumpadi em Brasília
Espaiaram um boato muito chato
Que o mundo vai se acabá
Vancê fique de oreia no rádio
Vancê fique de oio no jorná
Porque vou te contá
No dia que o mundo se acabá
Nesse dia a gente tem que resorvê
Que nós temo que escondê
Aquele galo bolinha
Pra dispois do fim do mundo a gente tê
Um macho pras galinha
Um macho pras galinha
Cumpadi também temo que escondê
Aquele touro garanhão
Grandão e arruaceiro
Pra dispois do fim do mundo a gente tê
O bicho que sabe fazê bezerro
O bicho que sabe fazê bezerro
Vancê fique de oreia no rádio
Vancê fique de oio no jorná
Porque vou te contá
No dia que o mundo se acabá
Cumpadi pense bem no dia “D”
Porva vai garrá fedê
E tudo nóis vira mingau
Pra dispois do fim do mundo a gente tê
Um casár do bicho que faz miau
Um casár do bicho que faz miau
Cumpadi também temo que alembrá
E a sete chave nóis guardá
O cachorro e a cachorra
Pra dispois do fim do mundo a gente tê
Que evitá que a raça morra
Que evitá que a raça morra
Vancê fique de oreia no rádio
Vancê fique de oio no jorná
Porque vou te contá
No dia que o mundo se acabá
Cumpadi acabei de me alembrá
Que o jegue Irará
Também temo que escondê
Pra dispois do fim do mundo a jega tê
Um jegue pra lhe comê
Um jegue pra lhe comê
Cumpadi sabe que na afobação
A gente quase se esqueceu
De guardar uma comadre
Pra dispois do fim do mundo a gente tê
Um pecadinho pra confessá com o padre
Um pecadinho pra confessá com o padre
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)