Se a água não cai da cascata
E a mata pranteia sedenta
Eu sou a chuva serena que em gotas amenas
A sede afugenta
Sou a água fresca da nascente
E a semente que a terra acalenta
Eu sou o pó da estrada
Sou mão calejada que te cumprimenta
Se o passado é o futuro da história
E a vida sem glória atormenta
Eu sou o silêncio do rio que morre
E o vento que move a tormenta
Eu sou a vertente onde nascem os bravos
E o favo que o mel ornamenta
Eu sou o vulcão de onde brota esta gente
Com a mente e alma sedenta
Quem sou eu...quem sou eu...