Sei de um jumento criando um passarinho na gaiola
Sei de um bode no canto da rua pedindo esmola
Eu tremo só de imaginar
Que a cidade está armada até os dentes
E eu me escondo entre escombros e ruínas
Em castelos de papel
Que a cidade está armada até os dentes
E eu me escondo atrás de muros de concreto
Entre prédios que ultrapassam os céus
Eu não sou de ferro, não
Eu não sou de aço
Minha carne é fraca
Eu sou um fracasso
Eu não sou de ferro, não
Eu não sou de aço
Minha carne é fraca
Eu sou um fiasco
Embora eu tente me controlar
Os vícios vencem vou acatar
Calado, na minha já estou errado
Pode estar certo que não sou um pobre coitado
Que não sou um pobre coitado