Fui pela estrada batida
no rumo do que será.
Andei várzeas e quebradas
só pelo gosto de andar.
Seguindo o rumo de tantos
que não têm onde chegar.
A vida pode ser muito,
o homem pode ser nada.
Se o tempo é uma galopada
que leva ao fim do caminho,
já que quis andar sozinho,
vou fazer por mim a estrada.
Talvez mudando de rumo,
talvez buscando outro norte,
consiga cambiar de sorte
nesta nova caminhada.
Não me basta achar caminhos,
eu quero a razão da estrada.
Galopa vida, galopa
que o tempo pode acabar.
Preciso encontrar respostas
antes da morte encontrar.
Galopa vida, galopa
que ainda quero voltar.