Grava, mata, edita, faz upload. Fico pensando
como é que cê pôde?
Como é que isso é podre, ostenta maldade
Snuff na veia, só que hoje é verdade
Hombridade medida na bala, obsoletos poderes da fala
Cuidado com o cheiro que emana seus atos
ou vai limpar sangue com pano de prato
E é só parasita que existe
bala que cala consente e mata, que triste
Desiste da bola da vez, porrada no três
Hediondo é o dia e amanhã outro mês
E desde os portugueses a estatística cresce
Gente que morre, desaparece
Por banalidades, ou barbaridades
dos ensinamentos do Marquês de Sade
Do que cê sabe? Uns pinos pra vibe?
E os livros não tem mais lugar onde cabe
Único índice: Mortalidade
Alguns G de droga fingindo amizade
Olho bem nos seus olhos, seu brilho me assusta
Seu sangue é produto, quanto é que ele custa?
Te dão a mão pra te jogar no chão, irmão
Te crucificam e a vida é o perdão
Então desencana do que cê planeja
sua opacidade através da sua inveja
Não é de ninguém que você precisava
nem dessas coisas que não importavam
Mas reaprender como é que se andava
e não distorcer como é que se amava
Crianças brincando, sorriso inocente
sem bala no pente, sem bater de frente
Vai consequente e resgata o respeito
mude o conceito, mas faça bem feito
O joio e o trigo estão contaminados
2015, de sítio é o estado, é o governo
é a igreja e o povo é deixado
Sobrevivência, suor por mau trato e cê sua barato
Porém os horrores e as dores destroem seu legado
E fato após fato, seu nulo argumento
povo com fome, não come, é isento
Cansados de fazer mais preces pro vento
é fácil enxergar: Vai ficar violento
Nem quero saber o valor do velório
quero viver do meu jeito simplório
Não oro e não colaboro com patifaria
curte os tempos do corre cotia
Não corre de droga, bala perdida
Uma verdade: Raça impedida
Massa falida, taça erguida
Estamos em guerra e ela dura uma vida
Sei da sua crença, como cê pensa
Vem com respeito somando as cabeças
Crianças adultas, os filhos das putas
Um naco da alma que o Brasil amputa