Agora vou com amendoins na língua ínsula
Da boca e o gosto da terra
Os jacarandás vermelham nos rios
E as aves revoam aos barcos ancorados
Inteiros nos teus olhos
Agora a pedra bate a voz e a construção
Do sol precário mas sem morte
Dentro das mãos a rirem-se
No Sul deste norte
Por onde vou soluçando o já regresso de partir
E o teu corpo abraçar
E sorrir
Agora Amêjoé vestiu a rua dobrou a esquina
E vem nua
Com esta enxada da machamba e um prato
De folhas à espera
que o ventre cresça? Que o poema nasça?
Agora Amêjoé vestiu a rua dobrou a esquina
E vem nua