Ao anoitecer em minha cama eu ouvia
Crianças a catar lixo nos destroços
Famintos a devorar os restos como porcos
Acontece toda noite, mas não posso achar normal.
Não sei porque não consigo me acostumar
E quantas vezes eu chorei
Por não saber o que fazer
Quantas vezes...
Por ver o povo sofrer
Quantas...
Até Lênin me dizer ... O que Fazer
Escute camarada a hipocrisia desses sons
Soprados por filarmônicas de todos os palácios
O mundo está cheio de gemidos abafados
A disciplina a surgir num partido do povo a aflorar
E cabe a nós, essa bandeira levantar.
Para o operário que labuta o aço
Para o estudante e sua bandeira
Para o camponês e sua foice
Com as flores socialistas
E o brilho do Partido Comunista
Outros Jardins surgirão