Garanto que não sou de correr com a sela
Eu sempre acendi a vela pro meu rumo alumiar
O meu segredo é não ter medo de careta
Nem do boi da cara preta, nada pode me assustar
Da noite escura, do uivo do lobisomem
Não tenho medo de homem, tampouco de assombração
Mas de uma coisa corro légua, não tem jeito
Esse é o meu defeito, o medo da solidão
Mas de uma coisa corro légua, não tem jeito
Esse é o meu defeito, o medo da solidão
Por isso, peço, não me deixe só,
Fac’isso comigo não
Se ‘ocê for minha alegria se transforma em covardia
Transtorna meu coração
Eu cegue se eu for de correr de uma briga
De encrenca, de intriga, dou um boi pra não entrar
Mas se tô dentro pode dar uma boiada
Não tem reza, não tem nada que me faça recuar
De gente viva, visagem do outro mundo
Nem o inferno profundo, não me mete medo, não
Mas de uma coisa corro légua, não tem jeito
Esse é o meu defeito, o medo da solidão