você é aquele ‘jarrim’ de fulô
que enfeitou a janela do meu coração
você é da fogueira todo o calor
que me esquentou
nu’a noite em que a gente dançou um baião
você é meu docinho de buriti
o piqui que dá gosto ao meu baião de dois
você é a paisagem mais bela daqui
é o tempo, é o ontem, o hoje, o amanhã e o depois
água na hora da sede
rede pro meu sonho embalar
chuva aguando o sertão
chão que um dia plantado mais tarde vai dar
quero ser o teu vestidinho de xita
que te faz tão bonita pra ir pro forró
quero ser a canção que há muito me habita
que só cante o amor
que não fale da dor e seja em tom maior
acendi uma estrela em cada esquina
pra apagar dos teus olhos a escuridão
já bordei teu sorriso na minha retina
deixa, menina, eu fulorar a janela do teu coração