Era uma vez um poeta
Nascido em solo mineiro
Caminhando pela vida
Cruzou com um violeiro
Um completou o outro
Feito a casa e o terreiro
Plantando e colhendo amor
Saíram do interior
Pra correr o mundo inteiro
Era uma vez um poeta
Nascido em solo mineiro
Caminhando pela vida
Cruzou com um violeiro
Um completou o outro
Feito a casa e o terreiro
Plantando e colhendo amor
Saíram do interior
Pra correr o mundo inteiro
O poeta escrevia versos
Falando da vida vivida na contramão
O violeiro arrancava notas doídas
Saídas da alma e do coração
Num caminho sem destino
Sem rumo, sem direção
Cada canto uma saudade
Umas as noites na cidade
Outras noites no sertão
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Numa venda ou nun boteco
Pela noite ou pelo dia
Emoção correndo solta
No meio da cantoria
Alguém levantava a mão
E gentilmente pedia
Alguém levantava a mão
E gentilmente pedia
Poeta, rabisque um verso na parede
Feito água mata a sede
Molha o corpo e rega a flor
Violeiro, senta o dedo na viola
Isso é choro que consola
É remédio contra a dor
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Oi, poeta
Oi, violeiro
Era uma vez um poeta
Nascido em solo mineiro
Caminhando pela vida
Cruzou com um violeiro
Um completou o outro
Feito a casa e o terreiro
Plantando e colhendo amor
Saíram do interior
Pra correr o mundo inteiro