Qualquer dia desses vou descer as ruas,
vou entrar nos bares, vou beber os mares
pra criar coragem e te procurar!
Vou pela Fradique cantando um bolero
feito um "Waldick" gentil e sincero,
coração errante que só quer amar...
Desço a Purpurina onde a tarde brilha;
sobre a minha sina: Sol e maravilha!
Com o peito em brasa desejando brisa.
Na rua Harmonia escrevo um poema;
O céu é um cinema quando finda o dia.
Sou bailarino, gira-mundo,
poeta sem endereço, assustado e vivido!
Um menino encantado
que sonha viver pra sempre
na barra do seu vestido.