Não troco seu despertador
Pelo cantar do galo
Não troco seu carro bonito
Pelo meu cavalo
Não troco seu ar poluído
Pelo pó da estrada
Aqui não tem trânsito
Só tem boiada
Nosso céu é limpo
E a noite enluarada
Aqui o nosso alimento
É a gente que faz
Plantamos de tudo
Pro gasto
E um pouco mais
E se vier fazer visita aí que
A gente gosta
Moda de viola
Uma boa prosa
Em volta da fogueira
Então a gente mostra
O meu amanhecer
Tem o cantar do galo
O cheiro do mato
Com gota de orvalho
E é tão gostoso
Beber um café
Olhando o sol nascer
Pego meu cavalo
E saio pelo pasto
Toco meu berrante
Apartando o gado
Sei que sou caipira
Mas vivo melhor
Morando aqui no mato