Quando a morte é meu descanso, a fobia liberdade,
carne crua o alimento, a miséria igualdade.
Sempre esqueço das sandálias, couro prata - implicante,
que vestia o passado travestido da verdade.
Passos lentos, passos largos, solidão e falsidade.
Acordava pelo chão, vendo as cores da cidade.
Pesadelo, pesadelo! Companheiro de baratas.
De um menino carniceiro, pesadelo, pesadelo!
Esquecido e mal pago, castigado sem sossego,
eu vivo a morte todo dia, todo sia morro cedo!
Pesadelo, pesadelo! Agonizando pesadelo.
Pesadelo, pesadelo! De um menino carniceiro!
Pesadelo, pesadelo! Todo dia morro cedo!
Pesadelo, pesadelo!