Será que foi por moda ou ser curiosidade
Será que foram os meus defeitos ou minhas amizades
Só sei que deve ter sido em algum fim de semana
Agora é todo dia toda hora o meu corpo clama
Por mais uma minhas mãos estão tremendo
A depressão me pega lembrei de um sepultamento
De um cara que sempre colava comigo
Que também já tava feio totalmente fodido
Encontraram ele morto no meio do mato
Todo sujo já fedendo com a garrafa do lado
Fui la no velório mas notei não tinha gente
E disseram o cara do mato enterrou como indigente
Isto ai me deixou até com medo
Mas o que eu peço é mais um gole de veneno
Olho para o meu corpo vejo destruição
O próximo pode ser eu que vai para o caixão
O bagulho é louco ela me mata lentamente
Estou no fundo do poço isto eu estou ciente
Perdi tudo casa carro emprego minha família
Todos me abandonaram só falta minha vida
Deitado em uma praça ou em qualquer calçada
Sol rachando na cabeça e eu não sinto nada
E acordando eu tenho logo que usar
Abstinência me pega ai não da pra controlar
Este era o meu sonho beber socialmente
Mas isto não da olha minha cara de doente
Eu vejo o sol ardido
E a noite caindo
Tenho esperança
Mas ficou na lembrança
Ai que saudade de quando nem tinha experimentado
O mundo me induziu agora eu estou escravizado
Pensei que era mais isto não é diversão
No começo tudo é festa depois só frustração
Na tv ela me exibe fazem sua promoção
E colocam no final beba com moderação
Que palhaçada como se fosse ajudar
Minha foto ajudaria ou iria atrapalhar eu
Faço os meus corres varro até porta de bar
A vassoura tá pesada mas uma dose ele me dá
A cada dia eu me sinto mais fraco
Escravo da bebida debatendo com o diabo
Ser que é falta de vergonha ou uma doença
Continuo vegetando e colhendo as consequências
Meu figado tá doendo e o meu pé tá inchado
Nada para no estomago ferida pra todo lado
É que hoje acordei a policia foi o despertador
Com tapa na cara assustei oh pelo amor ei
Vaza dai ai não é lugar para dormir
Mas eu não tenho se eu tivesse eu não tava aqui
Deste jeito jogado sem toma banho e com maior bafo
Faltando vários dentes qualquer hora eu me mato
De tanto álcool tenho alucinação
Saiu fora de si é só desgraça no meu coração
É progressivo cada vez mais eu me afundo
Num fundo de poço sem água limpa e imundo
Eu vejo o sol ardido
E a noite caindo
Tenho esperança
Mas ficou na lembrança
Quanto tempo ser que eu aguento
A morte tá chegando já estou percebendo
O organismo tá fraco como eu estou sofrendo
Antes de morrer já sinto o corpo apodrecendo
Não paro de pé só escorando nas paredes
Jesus me chama logo vem e mata minha sede
O governo não olha pra mim não me ajuda
O tratamento é caro como eu pago eu moro na rua
Já tem uns sete dias que eu não como nada
Só o que me sustenta é a maldita da cachaça
Saiu louco pela rua perambulando
Todos os que passam por mim passam desviando
Proíbem várias substancias por ai
Mas deixa livre a bebida que me mata por aqui
Antes era bom nas baladas da cidade
Mas hoje acabou uso até contra a minha vontade
Parece louco mais é isto o que acontece
Mesmo sem querer a minha compulsão cresce
Me diz pra mim porque ela é licita
Tem tantos como eu acabando com a vida
É só desgraça família destruída
Oh meu deus me de outra perspectiva
Mas de repente tropecei na rua eu cai
Mas desta vez não levantei um carro veio e eu morri
Prazer em conhecer eu fui um alcoólatra
E é assim o final sempre acaba numa cova
Eu vejo o sol ardido
E a noite caindo
Tenho esperança
Mas ficou na lembrança
Eu vejo o sol ardido
E a noite caindo
Tenho esperança
Mas ficou na lembrança