[Intro]
Me lembro de ter degustado a revolta
Com o tempo ela se torna gatilho pra não ir à escola
Reprovamos na sua matéria dos calados
De Brasília assim como Ellen Oléria
Perto de todo dinheiro mas continuamos na miséria
Continuamos na miséria porra
[Verso 1]
Deixei as emoções de lado
Sentimentos algemados
Nem sempre claro no escuro
Mas sempre tudo muito escuro no claro
Casos de família são atos falsos
Caso com os problemas
Caço o caos no rádio
Não precisa andar muito até a próxima estação vá descalço
Mais um metrô pego e pago
Na religião é peco e pago
Eu sempre me perco e depois me acho
Não importa o que eu faço
Ninguém aqui é de aço nada muda
Alguns compram mudas única coisa que muda é o preço do maço
E olha que eu nem fumo
Mesmo assim eu vou quando me chamaram pro estrago
Senhor das armadilhas mesmo assim nela eu caio
Meu corpo é páreo
É só sentir o cheiro que eu quero mais
Como caso fácil
(Como caso fácil?)
[Ponte]
É o cheiro da terra molhada
É o cheiro de grama cortada
Cerca viva em uma mansão não em uma casa
O perfume que me cerca
Traz a intenção e me faz pensar acerca
Ouro não mata a sede
E água é ouro na seca
[Verso 2]
Neurose esculpida por anjos
Querubim virar prego no meu chinelo
Eu juro que não tava nos meus planos
Agora eu quero saber de triplicar os ganhos
Tornando-se anti-caóticos para narcóticos
Não li a bula e faço uso de antibióticos
Primeira vez que não me sinto nesse mundo
É tudo tão contraditório
Veio outra vez e me trouxe a ambição
Dos fins de semana onde encontro a razão
Calafrios: pneumonia ou premonição?
Algumas coisas me tiraram o sono
Remédio pra dormir é oração
Quando não resta mais nenhuma cartela de Lexotan
To começando a esquecer como se diz não
Mesmo sabendo que tudo o que me oferecem é em vão
Esqueceram de mim não no natal
Mas sim no último vagão
No último vagão
Porra
(Entope Artéria)
(Fosk Fobos)