Sempre fui mansinho
Tipo bem educado
Uma pessoa fácil de se gostar
Sempre via as coisas pretas nessa cabeça feita
Esperei um dia tudo mudar
Nunca entendi porque ninguém é culpado
Nas estórias que eu ouço contar
Se a gente aprende essa coisas
Então mais tarde
Deixa tudo assim como está
Ou é tão louco
Falta pouco pro sufoco ser geral
Ou a gente dá um jeito
Ou viramos marginal
Sempre sente em ver bandido
Vir batido, se dar bem
Ser manchete de jornal
Como alguém que não faz mal
Vou Acender o mundo com meu fogo
Mas se a justiça é cega ao mundo é um jogo
Brincar com fogo sei que é perigoso
Mas quero um dia enfim viver em paz de novo
Foi assim
Grito até o fim
Que "miguém miguém memar"
Fogo fogo
Jesus um dia disse com certeza
"Vide as minhas criancinhas. Que beleza!"
No reino dele sei que eu tô feito
Mas aqui eu também quero meu direito
Daqui pra frente vai ser do meu jeito
E quem quiser pode me acompanhar
Ruas de fogo que queimou em meu peito
Nem bombeiro pode apagar
Nem bombeiro pode apagar