Destinado a carregar o peso dessa existência
Complexa, desorientada, mas sã
Mesmo que os seus olhos despejem ódio
Manterei minha alma limpa e serena
Mesmo que eu resvale entre as incertezas
E o sangue manche o meu caminho
Tem horas que parece tarde demais
Para pensar em tentar novamente
Tem horas que eu tenho certeza
De que vou me machucar
Caso tente novamente buscar uma luz no fim deste túnel
Mas eu não posso ver mais nada além
De uma visão acinzentada
Nada além de um rastro deixado pela a culpa
De tê-la visto partir por eu não ser o que você esperava
E o que eu sou, além de um ser frio?
Eu sou isso, um ser frio
Que destrói tudo o que toca
Eu estou confinado a conviver sozinho
Juntando memórias, colecionando perdas, derrotas
O seu silêncio me fascina
Tornando-me mais sereno
Desculpe se eu congelo o que eu toco
E seu coração foi apenas mais um
O seu silêncio me tortura
Nunca fez sentido sua visão distorcida
Seu silêncio me angustia