Às vezes eu paro e penso no momento certeiro
Na hora certa eu reflito, redigito meu roteiro,
Passo o que eu penso, meu assunto é extenso
Meu extremo é no plural, o ideal é extremo,
Sistema escolar te levando a só ouvir, pra quando tu
viver não saber discutir
Crescendo e ouvindo, absorvendo e decorando,
formatando pensamentos, rôbos estão formando
Armando pra cima de nós quero ver, quando o mundo
acabar ninguém vai saber
Desafio o papel, jogo é a minha conspiração, descrevo
o que sinto, o que passa no coração
Na marcha pro caos em direção ao pôr do sol,
Geral com chip na cabeça, pronto pra morder o anzol
Calamidade, com a multa então oculta a verdade
Procuro abrir o olho da dita comunidade
Então fala, cara, tenta, pensa, sai desse mundo, teu
vício te sustenta
Ídolos fudidos estampados na TV
E o negro vira branco pra poder sobreviver
Entre a mansão e o barraco, caminho na eloquência
Procuro e não acho a tal da santa paciência
Desigualdade social, no mundo do capital, concorrido
imperial, sistema colonial
Chega de ficar sentado o segredo é ir à luta
Como Malcon X, Luther King, Lumumba
Procuro a verdade num mar de calamidade
Pouca baleia rica, muito peixe no ...
Tem por trás o sentimento, bateria só ajusta
Escrevo epopéias de uma sociedade justa
Igual sem divisão
Só com irmão
Sem guerra social, a sociedade com o pão
Sonho com igualdade, sonho com felicidade, sonho com
uma vida justa, sonho com a felicidade
Eu acordo chorando, a lágrima sai tipo lava
Quente, pesada, tipo poder da palavra
Capital no alvo, desigualdade não tem fim
Luta com o Marz com a raiva de Lênin