[Verso 1: Tácio]
Mais frágil do vidro
Vida que vivo
Doenças são imensas
E a cura sem comprimido
Crença é a presença
De quem fica aqui comigo
Sentado mais amassado
Que a comida que eu ingiro
O desperdício
Saco roto em sacrifício
Ter mais horas que relógio
O tempo fez-me pagar por isso
Dei mais voltas a mim próprio
Atinge-me o rotativo
Pela falta de ficar sóbrio
Liberto o limitativo
Aqui não fico
Mano juro aqui não fico…
O pouco que me liberta
Não pode contar comigo
Quero soltar a caneta
Livrar-me do induzido
Que pinga gota a gota
A cura do meu umbigo
Franco, falido
Trágico
Meio abatido
À espera desespera
E eu fico no mesmo sítio
O desespero que berra
Cancela onde tinha de ir
A promessa só carrega força p’o dia seguir
[Refrão: Ace Won]
Dorido, cansado
Mas vencido, não
No meu dicionário não
Não paro
Eu decido
É tão claro, desafio uma lição
[Verso 2: Tácio]
Quebro a regra
Na conversa
Abuso do que dispersa
O fumo que liberta
No fundo
É o que me condena
Assumo
Faço-me em costumes
Vidas em resumos
Já não sobra nada 'pa quem fodeu tudo
Nada 'ta seguro
O nada me habituo
No ciclo continuo
Dessas fachadas pintadas
Por esse cinza escuro
É mais um dia em loop
Já lhe apanhei a truque
Sacrificar na cabeça
'Pa que no corpo resulte
Até que isso me adormeça
Para não ter quem culpe
E aterrar na marquesa
Onde sou só
Mais um…
[Refrão: Ace Won]
Dorido, cansado
Mas vencido, não
No meu dicionário não
Não paro
Eu decido
É tão claro, desafio uma lição