[Letra de "Surra"]
[Verso 1: Ace]
A terra girou ene vezes à volta do sol
E eu continuo aqui com a indecisão fora de controle
Tenho o muro à minha frente, obstáculo metafórico gigante
Tipo anta erigida sobre o solo
Monumental letargia elogia o cinzento baço (baço)
Retrata os motivos e os efeitos do embaraço
Que me solhe, que me encolhe, que minga o meu espaço
E o concentra no tamanho da vontade, logo escasso
Sinto a energia nas células (logo esqueço)
Zеro percento de mеmória muscular, logo esquiço
Num humano normal, considero-me logo esconso
Arrogante de onde escolho ver o mundo, logo escuso
Justificar o abismo que engole tudo
E que é a minha desculpa para o tédio que eu tenho sentido
Muita prática na estática
Ruído infeta a máquina
A dúvida insiste ainda que eu tenha respondido
[Refrão: Ace]
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
[Verso 2: Ace]
Eu juro que tinha uma tática nada dramática
Era a atitude pouco elástica, um pouco lunática
Em longitude, meio errática, era acrobática
Há quem a acuse de pragmática, fanática e apática
Simultaneamente
Quando queria que fosse mais aquática
Possivelmente
Que fluísse o menos dramática para toda gente
Que sabe a carismática forma de ser deste inconsciente
Que peca por consciência em excesso
Que perde por ter a inteligência ao serviço
Da honestidade intelectual de um insubmisso
Ya, a honestidade intelectual de um insubmisso
[Refrão: Ace]
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
[Verso 3: Ace]
Cabeça erguida pelo que fiz, o que não fiz e o que farei
E de pôr os pontos nos i's, faço x's porque sou rei
Não sei nada do futuro, aliás só sei que ainda serei
O mestre dos mestres a quem por acaso chamas sensei
Já vivi no sucesso bem e no insucesso mal
O contrário vice-versa, para mim já foi normal
Não há palco onde eu me afundo
Nem confundo um obstáculo com o fim do mundo, nah
O talento é sobrenatural
Para a resistência, a desistência do processo
Qualquer dia cesso e, quando for, quero sentir que é progresso
Não quero despedir-me em dívida
Quero a saída
Com certezas que eu já não regresso
[Refrão: Ace]
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
A história vai contar vitória
Porque eu não baixei os braços
Guarda alta apesar dos golpes serem todos baixos
Do meu abdómen solto o chi que vos empurra
E não há murro que derrube
Quando a alma aguenta a surra
A honra jura
[Outro: Ace]
Para me descobrir no fundo
Eu mergulhei profundo
Destrui o ego e olhei-o como um cego
Que não vê a matéria e imagina algo belo
Quando aquilo que ele vê
É mais puro porque é eterno