Um vira-lata sarnento, uma barriga d'água
A águia vigia atenta e o urubu adora uma mágoa
E nesse chão que é de terra o pé que pisa é descalço
Não negue a você: O seu açúcar é mascavo
Viagem de caminhão, nunca houve ilusão
O que tem é trabalho suado pelo minguado ganha-pão
Que não compra nem pão nem alforria
O açúcar é mascavo na senzala da alegria
Viagem de lata nem pão, uma barriga magra
A águia de caminhão na senzala da ilusão
O açúcar que não é de terra não compra alegria
Não negue o mascavo do trabalho alforria