Eu vim de lá, eu vim de lá, eu vim de lá
Na madruga ela voa, de manhã chora a coroa, o filho não vai voltar
Só que o rap anda tão bonzin', tantos Mc's anulam o que já foi pregado
Os moleque só fala de verdin', pois rap do bom eles não têm bolado
As referências já foram perdidas, de Nelson Mandela ao Zumbi dos Palmares
A história sendo distorcida, detestam um líder preto em grades curriculares
A natureza cobra, cobre
Sem asa à cobra
Lei da semeadura, verifique o que colhe
Comprova, puseram à prova, trutão
Aparência não supre carência
Ser não é existir, resistir é consciência
Tanta experiência, a vida é uma ciência
Como as ervas de Ossãe, um resumo da vivência
Rap não é flow, arte é sentimento
Lembre-se que a técnica é só um complemento
Amadurecimento artístico, lírico
A poesia que conversa com o espírito
E os maloqueiro entende, linha de frente
A rima é uma arma, nem descarreguei meu pente
Sigo fortemente, a mente é forte
Bem que me já me disseram: seja fiel ao que tu sente
Me refaço a cada passo
Traço por traço, mais um H. Aço
Me entrelaço, o amor não é pra covarde
Não serei o talento brecado por uma grade
Isso é por cada um dos meus irmãos
Como eu queria voar, sentir o doce ar da liberdade
Correntes abstratas nos prendem, em cada parte da comunidade