Nas madrugadas converso
Com o abismo
Isso é dor não é niilismo
E empatia automática me soa como cinismo
Sejam bem vindos a fábrica de vícios
Chamada capitalismo
Sejam bem vindos a trama de um drama que é estar vivo (x2)
Problemas da pós modernidade
Século 21 onde a chuva arde
Nuvens densas cubriram a cidade
E ninguém quer fazer parte de um todo
Mas ninguém assume a parcialidade
Sou só a parcela de culpa individual
Que se sente mal, por qualquer coisa banal
Estado sentimental
O existencialismo é o lobo do homem contemporâneo
Absorvendo morte pelos poros
Apostando em sorte diante do ouroboros
E se embebedando de ódio destilado
Com sangue nos olhos
Aliviando suas dores com tabaco e fósforo
Me diz quantas drogas desse mundo são rotina
Somos zumbis movidos a cafeína
Mortos por dentro, e pra isso não tem vacina
Refrão
Nas madrugadas converso com o abismo
(x3)
Sejam bem vindos a trama de um drama que é estar vivo
A violência beira o sarcasmo como um episódio de BoJack Horsman
A realidade flerta com o absurdo
O que será de nós amanhã
Pisando leve como bailarinas de Bolshoi
Quando você percebe que se odeia a realidade dói
É a divina comédia de um maldito drama
É um dia perdido deitado na cama
É o cheiro de álcool etílico
E você percebe que clama
Por um novo mundo algo diferente
Mas o mundo la fora te ataca
E ainda tão sorridente
Sorrir de volta é tipo auto-defesa
Romantizei tristeza
Agora vocês podem dizer que nos
Meus versos há beleza
Poemas ultra romanticos
Que mataram famílias portuguesas