[Refrão]
Eu vivo sempre no automático, é muito prático
Esqueço a vida no conforto torto do meu corpo estático
Dramático momento, ao relento me encontro pronto
Afronto o âmago de um egoismo matemático
Avanço pouco manso contra minha própria alma
Não canso nem danço no denso vazio da calma
Confesso que balanço, me estresso quando me enxergo
Carrego a cura da existência no centro da palma
[Verso]
Olho o relógio mas não vejo a hora
De cair fora da mediocridade
De ir embora dessa falsidade
A mentira agrada bem mais que a verdade
Fumaça engole a natureza
A duvida cobre a minha certeza
Minha tristeza incomoda bem menos
Do que minha mais pura felicidade
Saudade da minha infância
Vida despida de tanta ganância
Quando um sorriso espelhava um troféu
Mostrava a real importância
Desconhecia a palavra distância
Fronteira não tinha pra imaginação
Encaixotaram a minha estância
Minha liberdade virou um cifrão
Quanto custa o teu sorriso?
Quanto que vale o teu coração?
Teus ideias atirados num abismo
Teu sonhos em óbito no caixão
No espelho não enxerga nada, não
Mais um humano padrão
Trancafiado na caixa fechado
Que é onde não entra imaginação
[Outro]
"Esperto é quem vê o próprio abismo
Corro, vou de encontro ao meu próprio deserto
Incerto cismo, enxergar a própria falha
É o mais sincero masoquismo"
[Refrão]
Eu vivo sempre no automático, é muito prático
Esqueço a vida no conforto torto do meu corpo estático
Dramático momento, ao relento me encontro pronto
Afronto o âmago de um egoismo matemático
Avanço pouco manso contra minha própria alma
Não canso nem danço no denso vazio da calma
Confesso que balanço, me estresso quando me enxergo
Carrego a cura da existência no centro da palma