É tudo igual, e mesmo sempre igual
Encontro poesia toda vez
Os olhos já perdidos em água e sal
Não veem com clareza o que mudou
Eu que sempre quis ficar um pouco mais
Hoje não hesito em ir embora
É como deve ser, é gravitacional
Eu sempre fui igual e sempre vou mudar
Insisto em me lembrar, me forço a reprisar
Escolho as memórias (uma de cada vez)
Assisto sem piscar, tentando separar
O que aconteceu do que eu inventei
Se eu pudesse editar um pouco mais
Não mexia em nada, deixava como está
É como deve ser, sem pôr e nem tirar
Vai ser pra sempre igual e sempre vai mudar
Sempre vai mudar
Eu sempre vou mudar