[Letra de "Jumento Celestino" com Mamonas Assassinas]
[Intro: Todos, Dinho]
De quem é esse jegue?
De quem é esse jegue?
De quem é esse jegue?
Oh, rapaz, não é jegue, não, é jumento
[Verso 1: Dinho]
Tava ruim lá na Bahia, profissão de bóia-fria
Trabalhando noite e dia, não era isso que eu queria
Eu vim me embora pra São Paulo
Eu vim no lombo de um jumento com pouco conhecimento
Enfrentando chuva e vento e dando uns peido fedorento (Vish)
Até minha bunda fez um calo
Chegando na capital, uns puta predião legal
As mina pagando pau, mas meu jumento tava mal
Precisando reformar
Fiz a pintura, importei quatro ferradura
Troquei até dentadura e pra completar a belezura
Eu instalei um roadstar
[Ponte: Dinho]
Descendo com o jumento na maior vula
Ultrapassei farol vermelho e dei de frente com uma mula
Saí avoando, parecia um foguete
Só não estourei meu coco, pois tava de capacete
Me alevantei, o dono da mula gritando
E o povo em volta tudo olhando e ninguém tentou me socorrer
Fugi mancando e a multidão se amontuando
Em coro, tudo gritando: "Baiano, 'cê vai morrer"
[Verso 2: Dinho]
Depois desse sofrimento, a maior desilusão
Pra aumentar o meu lamento, foi-se embora o meu jumento
E me deixou com as prestação
E, hoje, eu tô arrependido de ter feito migração
Volto pra casa fudido com um monte de apelido
O mais bonito é "cabeção"