Aos aposentados da praça do Ferreira,
A moçada do centro da cidade,
Aos artistas mambembes da praça José de Alencar.
Ofereço esse som, ofereço esse prato,
Um riff no meio do compasso
Assim não me embaraço naquilo que eu quero falar
Ser artista na cidade nessa idade... não é pra qualquer um não!
Esse nosso talento de sobreviver não é nada de mais é nada através,
Atravesso a cidade na necessidade de viver, e pra toda essa gente da periferia que vive na busca da alegria, inocência perdida na vida e no eterno anoitecer.
Ser artista na cidade nessa idade... O quê?
Não é pra qualquer (não é pra qualquer) viver sob o fio da desconfiança, viver sob a triste ignorância, não ter segurança somente esperança que as coisas um dia vão mudar.
Não é pra qualquer (não é pra qualquer) não saber se o dia que virá será o que existe de melhor ou será o pior? Não dá pra saber, não dá pra fazer nada além do que dá pra fazer.
Ser artista na cidade nessa idade... não é pra qualquer um não!