No adiantar das horas
Caminhando pelas ruas
Na companhia da cheia lua
Cansado das fofocas
Da falsidade das dondocas
Com saudade da verdade nua
Avisto à distância
Um olhar triste e sombrio
Rosto pálido
Seu alimento o assobio
Melodias de inexistência
Soavam no vazio
Um futuro a encontrar
Um sonho um desafio
Os seus pais desempregados
Sem esperanças, mal amados
Cansados de sofrer conseqüências do viver
Num mundo desigual
Onde as vitórias são do mal
Por mais que Deus exista
Será que a fé resiste
Aquele rosto na esquina
Era um menino com fome
Era um menino com fome
Era um menino com fome...