Eu te amo quando você me toca, me chama
Quando você invade meus erros e me machuca
E quando eu te invado com meus erros e te machuco
Te amo quando durmo sozinho e este amor se processa em mim,
Gera-se em mim, emprenho-me dele
Mas se dormimos juntos tudo nasce,
Tudo cresce, tudo torna e o resto acaba
Amo tudo que em você é abstrato,
Todo o bem, todo o bom
E calo com todo som, toda luz, todo corpo, todo gosto
Calo admirando seu rosto, as curvas do seu corpo atrás da toalha na boca
Amo quando você, com vergonha, esconde-se
E eu com o maior prazer falo: “é minha mulher, é minha mulher”
Amo por que viramos luzes, viramos deuses na criação
Amo se buscamos o certo ou se erramos atrás da solução
Você me é mais do que eu posso escrever,
E só escrevo o que não sei dizer
O que não sei fazer, deixo para quando aprender.