Caminhando pela avenida eu vou,
Com grande euforia e despreocupação.
Mas, onde vocês estão?
Posso sentir uma energia forte,
Como a que eu senti quando o vento balançava meus cabelos,
contando piadas repentinas e trocando experiências de vida.
Vejo fotografias e presencio novamente aquele sentimento de alegria,
onde andar como um refugiado, ficar resfriado,
viver como um desempregado e dormir revoltado,
com vocês, somente vocês, era pura diversão.
Depois de ter me aventurado na nostalgia do álbum,
e de ter visto a última foto,
volto à realidade e sinto rajadas frias no meu coração.
Rajadas compostas por memórias de um fevereiro inesquecível,
onde eu me sentia livre, leve e solto,
lembrando de tudo que passamos juntos,
onde nada igualava-se à minha realidade,
na qual me transformam num ser mimado, protegido e estressado.
Por que me apego tanto assim às pessoas?
Por que fevereiro passou tão rápido?
Será que posso denominá-los meus amigos?
Talvez amigos repentinos,
porque tudo não passou de um momento.
Onde tudo era perfeito e agora cada tem sua vida,
separados por rotinas tediosas e cansativas.
Mas, ouço de novo a música que nos representou
e pela décima vez no dia, aventuro-me de novo nas fotografias.
E vivo uma ilusão prazerosa.
Não, não foi uma ilusão.
Como eu disse, um momento.
Ah, que momento...