A violência é tão natural
Nossos futuros são tão iguais
As instituições abrem e fecham
Aqui se paga porque aqui se faz
O sangue escorre
Foram mortos os populares do amanhã
Espero que hoje
Eu consiga disfarçar
Não é mais ninguém
Não tem mais ninguém
Só eu, mais ninguém
Agora
A alma não precisa de alimento
O sol apaga, apaga mais
Que tudo é feito acaba em cinzas
É o que seu pastoreio traz
E esse lixo que todos comem
Os sonhos já não são mais possíveis
Mas eu, espero que hoje consiga disfarçar
Cada criança com sua própria arma
É pau, é pedra
Não é mais ninguém
Não tem mais ninguém
Só eu, mais ninguém
Agora