O seu destino 'inda é seguir o vento
não sabe nunca onde é que vai chegar
mas há no peito um nome sentimento a queimar
e o tal rebento quer amadurar!
Na noite escura uma luz feito dia
trouxe um anjo que, do céu, queria lhe falar
Homem de Virgínia, Homem de Virgínia
Trocou o ouro velho, sujo e caro
Por um bem mais raro, adeus ilusão!
E guarda esse tesouro da verdade
num cofre lavrado no seu coração
Homem de Virgínia, Homem de Virgínia
Lançou do alforje a negra e dura sorte
quem cheirava à morte, semeia perdão
O velho caçador de recompensas
a quem o mundo nunca deu amor
escravizado pela vida suja
(a tal dita cuja de tristeza e dor!)
naquela noite, no meio da estrada
conversava de joelhos com Nosso Senhor!
Depois que Deus lhe deu o novo sonho
que ele carrega embaixo do chapéu
o renegado ficou mais estranho
(talvez por estar na Terra vendo que é do Céu!)
Vive sem medo (não carrega arma)
sabe que mudar o mundo agora é seu papel