Ventos internos, luas, marés, cor de céu
Nada com nada
Viro garrafas, louca, alcoolizada
Rolo na escada
Ninguém me ama
Pouso de artista, viro budista
Eu tô falando sozinho
Divido, ainda, um abraço
Um prato de cocaína
Eu tô pedindo socorro
Eu vou sair pra almoçar, eu não volto nunca mais
Até logo...
Viro ateu pra acreditar em Deus
Caio de cima do muro
Pacto com o diabo, quem sabe sou rezado
Nem padre, porra, nem nada
Salvo uma vida, entro até pra polícia
Me empreste a sirene
Pratico esporte, eu ando até com mais sorte
Quebrei meu bloco do eu sozinho
Ventos internos, luas, marés, cor de céu
Nada com nada
Viro garrafas, louca, alcoolizada
Rolo na escada
Ninguém me ama
Entro pra terapia, tattoo de melancia
Eu tô pedindo socorro
Vírus, carência, presente, permanência
Me selva, me salve!
Mas eu te entendo, ocupado
Vai à luta, irmão, eu te amo