O que pensar do que passou
Passado o peso que ficou?
Dos muros resta o pó
Dos tons apenas o menor
A cada passo que me passa
A cada verso que me versa
A cada terço que me terça
A cada marca, marca-passo
Qualquer compasso que me apresse
Qualquer cadência que me teste
Ser todo tanto e mesmo assim
Ser só tão só e só pra mim
O rosto, a face
Metades do que já não são
O oposto, a parte
Dominam outra dimensão
O ter que ser
O dever crer
O existir só por pensar
O grito preso
O grito rouco
O ter que ser
O dever crer
O resistir só por pensar
O grito preso
O grito rouco
(E o silêncio que antecipa a explosão)
É o fim, é o fim
É o fim, é o fim
Não há tempo pra se crer
Não há mais pra que correr
Não há credo pra temer
É o fim, é o fim
Não há tempo pra se crer
Não há credo pra temer
Não há mais pra que correr
É o fim, é o fim